Foi
batizado na Sé de Lisboa, uma semana após o seu nascimento. Era de família nobre
e rica. O pai, senhor Martinho, ocupava o cargo de Prefeito de Lisboa. A mãe,
Dona Teresa, pertencia à alta nobreza. O menino cresceu cercado de todos os
cuidados: boa instrução moral, científica, religiosa e muito conforto. Aos
poucos percebeu que a vida de riqueza não lhe agradava e sentiu o chamado de
Deus.
studou
na Catedral (onde seria também menino do coro), os rudimentos - trivium,
cômputo, saltério e música. Foi lá, que aconteceu o seu primeiro milagre, quando
fez uma cruz na parede, para afastar o demônio que tentava atormentá-lo.
Aos
quinze anos entrou, em S. Vicente de Fora, no Mosteiro de Cônegos Regrantes de
Santo Agostinho, onde fez o noviciado, mudou o nome para Antonio e de lá
mudou-se - apesar do voto de stabilitas loci- para Coimbra, aos vinte anos.
Em
Santa Cruz ultimou sua formação e foi ordenado, sendo-lhe destinado o cargo de
Porteiro, onde teve a oportunidade de conhecer os recém-chegados Frades menores
de S. Francisco que habitavam o eremitério de Santo Antão, nos Olivais. Foi
também em Santa Cruz, que Santo Antonio aprofundou os seus estudos
teológico-filosóficos de raíz platônico-agostiniana e adquiriu a preparação
necessária à escrita dos seus Sermões. Após a passagem por Coimbra das relíquias
dos cinco mártires franciscanos mortos em Marrocos em tarefa missionária, se
transferiu dos Cônegos Crúzios para os Olivais, onde ingressou na Ordem
Franciscana e obteve permissão para pregar em Marrocos.
Após
uma breve experiência contemplativa em Montepaolo reconhecem-lhe, quando da
ordenação conjunta de Frades Menores e de Pregadores de S. Domingos, em Forli,
grandes capacidades oratórias, e vasto conhecimento exegético. O quarto onde
dormia era simples, tecia a própria roupa, e fazia os serviços mais humildes.
Foi um período de aproximadamente um ano.
Foi
nomeado então pregador na região da Romanha e encarregado por S. Francisco de
ensinar teologia aos frades. Enviado ao sul da França, numa tentativa de
missionação dos cátarosalbigenses, por lá permaneceu dois anos pregrando e
ensinando em Toulouse e Montpellier e desempenhando vários cargos na Ordem, como
o de Custódio de Limoges e de Guardião em Le Puy.
Regressou
à Itália como Provincial da Emília Romanha. O navio em que voltava para Lisboa
se perdeu em uma tempestade e foi parar em Messina, na Sicília, onde foi enviado
ao Capítulo Geral dos Frades Menores (Capítulo das Esteiras), aí conhecendo S.
Francisco de Assis. Lá então, onde Deus o esperava, começou sua vida de
pregação. Multidões queriam ouvir o santo falar. Sua fala simples comovia a
todos.
Já
em Pádua, ensinava Teologia, e retomou o trabalho da escrita e reestrutura os
seus Sermões material auxiliar a pregadores da Ordem. Ficaram célebres os
sermões que proferiu em Forli, Provença, Languedoc e Paris. Em todos esses
lugares suas prédicas encontravam forte eco popular, pois lhe eram atribuídos
feitos prodigiosos, o que contribuía para o crescimento de sua fama de
santidade.
A
saúde sempre precária levou-o a recolher-se ao convento de Arcella, perto de
Pádua, onde escreveu uma série de sermões para domingos e dias santificados,
alguns dos quais seriam reunidos e publicados entre 1895 e 1913. Dentro da Ordem
Franciscana, Santo
Antônio liderou um grupo que se insurgiu contra os abrandamentos
introduzidos na regra pelo superior Elias.
Santo
Antônio estava muito doente, pois tinha hidropisia (Acúmulo patológico
de líquido seroso no tecido celular ou em cavidades do corpo).
Após
as pregações da Quaresma de 1231 sentiu-se cansado e esgotado. Precisava de
repouso. Os frades fizeram para ele um quarto em cima de uma árvore, mas mesmo
assim o povo o procurava. Decidiram então leva-lo a Pádua. Agasalharam o frei e
o colocaram em um carro puxado por bois. Como a viagem era longa, o que provocou
a piora do seu estado de saúde, pararam em um povoado que havia um convento
franciscano.
Santo
Antônio piorava, e precisava ficar sentado, pois sofria de falta de ar.
Recebeu os sacramentos, se despediu de todos, e ainda cantou o bendito: "Ó
Virgem gloriosa que estais acima das estrelas... "Depois ergueu os olhos para o
céu e disse. "Estou vendo o Senhor". Pouco depois morreu. Era dia 13 de junho de
1231.
Santo
Antônio morreu com apenas 36 anos de idade. Após um brevíssimo processo
de canonização, o mais rápido da história da Igreja, foi elevado aos altares em
13 de maio de 1232 pelo papa Gregório IX. Em 1946 foi oficialmente proclamado
Doutor da Igreja pelo papa Pio XII, sendo-lhe atribuído o epíteto de Evangélico
pelo vasto conhecimento das Sagradas Escrituras patente nos seus Sermões.
Homem
de oração, Santo
Antônio se tornou santo porque dedicou toda a sua vida para os mais
pobres e para o serviço de Deus.
Diversos
fatos marcaram a vida deste santo, mas um em especial era a devoção a Maria.
Em
sua pregação, em sua vida a figura materna de Maria estava presente. Santo
Antônio encontrava em Maria além do conforto a inspiração de vida.
O
seu culto, que tem sido ao longo dos séculos objeto de grande devoção popular, é
difundido por todo o mundo através da missionação e miscigenado com outras
culturas (nomeadamente Afro-Brasileiras e Indo-Portuguesas).
Santo
António tornou-se um dos santos de maior devoção de todos os povos e sem dúvida
o primeiro português com projeção universal.
De
Lisboa ou de Pádua, é por excelência o Santo "milagreiro", "casamenteiro", do
"responso" e do Menino Jesus. Padroeiro dos pobres é invocado também para o
encontro de objetos perdidos. Sobre seu túmulo, em Pádua, foi construída a
basílica a ele dedicada.
OS
MILAGRES DE SANTO ANTÔNIO
Santo
António será sem dúvida o "Santo dos Milagres" e, de todos, aquele que mais
merece esse epíteto no mundo cristão.
A
sua taumaturgia iniciada em vida com uma pluralidade de milagres que lhe valeram
a canonização em menos de um ano, é, na história da Igreja, a mais vasta e
variada.
De
Santo "casadoiro" a "restituidor do desaparecido", passando por "livrador" das
tentações demoníacas, a Santo
Antônio tudo se pede, não como intercessor, mas como autoridade
celestial.
No
entanto, vamos nos referir a milagres operados em vida como paradigmáticos dessa
taumaturgia:
Santo
Antônio a pregar aos peixes, livrando o pai da forca, e a aparição do
Menino Jesus na casa do conde Tiso.
Primeiro
milagre
Santo
António prega aos peixes – estava a pregar aos hereges em Rimini, e estes não o
quiseram escutar e viraram-lhe as costas. Sem desanimar, Santo António foi até à
beira da água, onde o rio conflui com o mar, e provocou a atenção os peixes para
escutá-lo, já que os homens não o queriam ouvir. Deu-se então o milagre:
multidões de peixes aproximam-se com a cabeça fora de água em atitude de escuta.
Os hereges ficaram tão impressionados, que logo se converteram. Este milagre
encontra-se citado por diversos autores, tendo sido mesmo objeto de um sermão do
Padre António Vieira, que é considerado uma das obras-primas da literatura
portuguesa.
Segundo
milagre
No
segundo milagre, Santo António livra o pai da forca. Santo
Antônio estava a pregar em Pádua, quando sentiu que a sua presença era
necessária em Lisboa, e recolheu-se, cobrindo a cabeça em silêncio de reflexão.
Simultaneamente (e mercê do dom de bilocação) encontrava-se em Lisboa, onde seu
pai tinha sido injustamente condenado pelo homicídio de um jovem. Ressuscitado e
questionado pelo Santo, afirmou a inocência do pai de Santo
Antônio e voltou a descansar.
Após
libertado o inocente, que tinha sido acusado por falso testemunho, Santo Antônio
retornava, quando "acorda" subitamente no púlpito em Pádua, recomeçando a sua
pregação. Representam-se assim aqui dois fatos miraculosos num só: a bilocação,
e poder de reanimar os mortos.
Terceiro
milagre
O
terceiro milagre, também reportado na crônica do Santo, ocorreu já no fim da sua
vida e foi contado pelo conde Tiso aos confrades de Santo António após sua
morte.
Estando
o Santo na casa do conde Tiso, em Camposampiero, recolhido num quarto em oração,
o conde, curioso, espreitava pelas frinchas de uma porta a atitude de Santo
Antônio, quando, então, surgiu uma cena miraculosa: a Virgem Maria
entrega o Menino Jesus nos braços de Santo
Antônio.
O
menino tendo os bracinhos enlaçados ao redor do pescoço do frade conversava com
ele amigavelmente, arrebatando-o em doce contemplação. Sentindo-se
observado, Santo
Antônio descobriu o "espião", fazendo-lhe jurar que só contaria o visto
após a sua morte.
São
estes os três mais famosos milagres de Santo
Antônio, embora muitos mais pudessem ser referidos. Nas "Florinhas de
Santo António" ou no "Tratado dos Milagres" é relatado um milagre praticamente
para cada dia do ano, o que reafirma o seu carácter taumaturgo.
ORAÇÃO
À SANTO ANTÔNIO
1.
Oração para os namorados
Meu
grande amigo Santo
Antônio, tu que és o protetor dos enamorados, olha para mim, para a
minha vida, para os meus anseios. Defende-me dos perigos, afasta de mim os
fracassos, as desilusões, os desencantos. Faze que eu seja realista, confiante,
digno e alegre. Que eu encontre um amor que me agrade, seja trabalhador,
virtuoso e responsável. Que eu saiba caminhar para o futuro e para a vida a dois
com as disposições de quem recebeu de Deus uma vocação sagrada e um dever
social. Que meu amor seja feliz e sem medidas. Que todos os enamorados busquem a
mútua compreensão, a comunhão de vida e o crescimento na fé. Assim seja.
2.
Oração para obtenção de graças
Glorioso Santo
Antônio, que tivestes a sublime dita de abraçar e afagar o Menino
Jesus, alcançai-me deste mesmo Jesus a graça que vos peço e vos imploro do fundo
do meu coração (pede-se a graça).
Vós
que tendes sido tão bondoso para com os pecadores, não olheis para os pecados de
quem vos implora, mas antes fazei valer o vosso grande prestígio junto a Deus
para atender o meu insistente pedido. Amém.
Fonte
www.geocities.com
Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/junho/dia-de-santo-antonio.php#ixzz1xOwBgBMl